quinta-feira, 23 de maio de 2013

AS 10 LIVRARIAS MAIS INCRÍVEIS DO MUNDO


Depois do sucesso do post “As 12 bibliotecas mais incríveis do mundo”, fomos atrás das livrarias que merecem destaque e um lugarzinho especial em nosso coração. Afinal, leitor que é leitor não consegue ficar afastado de uma loja de livros por muito tempo! Em sua próxima viagem não se esqueça de colocar uma dessas livrarias em seu roteiro. E preparem-se para a boa notícia: duas dessas beldades da arquitetura estão no Brasil. Tome nota!


As 10 Livrarias mais incríveis do mundoClassificada como a livraria mais bonita do mundo pelo The Guardian, a Boekhandel Selexyz Dominicanen, na Holanda, fica localizada dentro de uma igreja dominicana do século XII. A estrutura gótica foi conservada e adicionaram apenas as grandes estantes para guardar a vasta seleção de livros. Em segundo lugar, encontramos a Livraria El Ateneo, na Argentina, que foi construída no Teatro Grand Spendid, reconhecido pelas grandes apresentações de tango, é claro! Sua beleza é inegável.
Não muito longe, na cidade do México, encontramos uma livraria bem diferente. A El Pendulo, além de livraria, também é bar e café e possui uma decoração inusitada formada por grandes prateleiras, milhares de livros, e … plantas! Seguindo uma linha ainda de maior excentricidade, temos a Livraria Cook and Books. Nela é possível encontrar livros pendurados no teto e mesas em formato de carros de época. Aliando o prazer de ler e o de degustar uma boa refeição, ela se transformou em um dos maiores centros turísticos de Bruxelas.

As 10 Livrarias mais incríveis do mundo

A verdade seja dita: a escadaria da Livraria Lello e Irmão, em Portugal, não é de tirar o fôlego?! Não só por seu tamanho, como também por sua beleza. Dizem por aí que ela até inspirou as escadarias de Hogwarts, a escola de bruxos da série Harry Potter. E não é que é mesmo parecida!
Já a histórica Shakespeare and Company nasceu no centro de Paris, em 1919, e foi fundada pela americana Sylvia Beach. A livraria recebeu visitas de grandes escritores como Ernest Hemingway, Ezra Pound e F. Scott Fitzgerald. Com a invasão dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, ela foi fechada. Mas, felizmente, em 1951, George Whitman abriu uma nova livraria e a batizou com o mesmo nome. Hoje é considerada a livraria mais charmosa do mundo e possui mais de 8 mil títulos!

As 10 Livrarias mais incríveis do mundo

Se por um lado o museu Palazzo delle Esposizioni, em Roma, exibe uma arquitetura neoclássica, a livraria dentro dele, a The Bookàbar Bookshop, não tem nada de clássica e possui um estilo bem mais moderno. Ela ocupa um espaço de mais de 450 metros quadrados repleto de livros sobre arte, arquitetura e design. Outra livraria de estilo bem moderno é a Poplar Kids Republic, na China. Construída para o público infantil, a livraria possui mais de 3 mil exemplares ilustrados e também oferece cursos de arte e recreação para a criançada!


sexta-feira, 17 de maio de 2013

NECESSIDADE

Por Camila Zoellner 

Quando teu olhar encontra o meu
Fala o que nenhuma língua é capaz de entender
É a língua do amor, aquela que faz os olhos brilharem
O coração bater rapidamente, o corpo tremer

Sussuras bem baixinho em meu ouvido
Sinto coisas que não sei explicar
Eu preciso de você aqui comigo
Como eu preciso de oxigênio para respirar

SE FOR FICAR EM CASA, EXPERIMENTE A TROCA :)


DICA DO BRAGILIANO

Lançamentos e pré-venda de livros no Siciliano




terça-feira, 14 de maio de 2013

TATUAGENS LITERÁRIAS

Veja se consegue reconhecer todas as referências.


  

SENSATO SONÍFERO

Por Johnny Leal

Suas mãos tocam o chão sujo
Do fundo desse poço úmido...
Qualquer sensação é mera ilusão,
Não respirar só irá piorar...

As paredes parecem cada vez mais altas,
O limbo é de um terceiro nível
Tão atormentador quanto sua voz aguda.

Cala a boca, não seja hipócrita...
Pseudo-humano, nem isso tu és!

Que criatura sorri enquanto chora?
Por que uma mente tem que existir?
Suas mãos ainda sujas e mais lacrimosas
Não explicam o tato desse sentimento.

Mundo mudo muda minha maior maldição,
Caminho calado, cruel calmo caminho...

Sentido não faz, se é que um dia fez!
Diagramação universal de pensamentos,
Que definição pobre buscar respostas
Para perguntas que são retóricas...

Não pense que esta mente aqui, podre mente,
É insana ou perturbada por falsas filosofias...
Cada qual com sua visão paralela do viver!

Meu viver agora é expulsar demônios
Cujos ditados são tão fracos quanto sua presença!
Não faz sentido, sentimento ruim agora,
Sim, tu sentes uma péssima sensação...

Quem dera a todos escreverem sem pensar,
Sentir o imediato e permitir tal liberdade...
Sentido não faz, pode ser que não faça,
Mas agora, é tudo o que me faz escrever. 
Sentido sensitivo sensato sonífero.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

DICA DO BRAGILIANO

Tá sem ideia do que ler?

Então vai logo na Saraiva ver essa oferta: São centenas de livros nacionais e importados com até 70% de desconto.



quinta-feira, 9 de maio de 2013

CONHEÇA ALGUNS AUTORES JOINVILENSES E SUAS OBRAS





















Robinson RamosLivro: “Eu conheço Deus! – ouse conhecer Deus” 
Foram 14 anos de dedicação e quatro anos de pesquisa para que o escritor conseguisse elaborar o primeiro livro. O tema central é religião, do contexto  religioso de etnias, da ótica espiritual e seu esquecimento. O autor busca plantar a reflexão a respeito da  humanidade que prioriza o mundo material e muitas vezes esquece o  universo religioso e espiritual.



Maria Rosa Coutinho
Livro: ”Dia de carnaval”, lançado em Córdoba (Argentina), em 2009, conto. 
O livro conta a história de um menino que tem tradição familiar de participar do Carnaval. Todo  ano, ele desfila pela escola de samba Mangueira,  e na magia da festa sente-se como uma  celebridade. O Carnaval vai embora e ele  retorna para sua rotina, mas feliz com o encanto,  graças à cultura popular. Uma história que  resgata a tradição do Carnaval brasileiro.


Salustiano Luiz de Souza
Livro:
 “O eterno Barnes – Viver para sempre pode custar caro" 
É o primeiro trabalho do advogado como escritor. A ficção científica narra o  universo de um médico neurocirurgião que está realizando uma pesquisa  científica para transformar os dados do cérebro em arquivos de dados. No desenrolar da história, o médico aporta 
em questionamentos sobre a eternidade e qual o preço para obtê-la.


Eliana Aparecida de Quadra Corrêa
Livro:
“Preciosidades"
O livro apresenta mensagens em forma de poemas,  para transmitir a importância das preciosidades da  vida. A natureza, o homem, família e pessoas são  alguns dos maiores valores evidenciados.


Wilson GelbckeLivro: “Causos Da minha cidade”
Uma reunião de 16 histórias que  aconteceram ao longo da vida, uns contados e outros vividos. A interação com o leitor é a máxima do livro, no qual os causos são contados, com os nomes dos personagens reais substituídos por fictícios. Após a leitura, o leitor deverá identificar a qual personagem pertence a história contada.


Emília Kesheh
Livro:
 “A Última Aliança” 
A aventura toma conta da história, entre batalhas pela disputa de reinos.


Jura Arruda
Livro:
 “Fritz – um sapo na terra dos príncipes”
A história narra a trajetória de um sapo alemão que desembarca em terras joinvilenses nos anos 1850. O pano de fundo é a história da colonização de Joinville, vivida por sapos e muitas aventuras.


Rita de Cássia Alves
Livro:
 “Fios DE agora”, poemas
Para construir seu projeto, o sexto livro, a pesquisa sobre aracnídeos, estudo do tempo por meio da psicanálise e da seda foram essenciais. Os poemas vão além da página, buscam evidenciar a dádiva do tempo, do instante e do  momento que vivemos – a realidade. Trata a vida, a teia da  vida, com todas as suas possibilidades.


Célia Biscaia VeigaLivro: “O nome dele era Pedro” e “A feia acordada”
Ambos os livros foram lançados  no ano passado. O primeiro é uma história contada a partir da sugestão de finais feita pelos leitores. Já o segundo é um conto que tem uma ligação com o clássico “A Bela Adormecida”.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

ETERNIDADE

Por Walter M. Ziebarth

Ir e vir
O eterno andar do infinito
Por debaixo dos panos a vida castiga
E o Sol, que ali iluminava,
hoje dá as costas.
Ideias, ideias e mais ideias.
Pensamentos vãos não abrem parênteses
Luto por um futuro incerto. 
Certeza mesmo, só você. O que pra mim já basta.
Dizem que nada é demais quando se tem pouco,
assim como tudo é pouco quando se tem demais.
Prefiro ter a ti que não me falta nem me sobra.
E se te faz bem, te traço um rastro de saudade pra me seguir
Não posso te dar a vida que sempre quis, pois essa vida já é nossa.
Que suma tudo, que suma o mundo. 
Tenho a ti e já não preciso de nada.
E o Sol, que ali dava as costas, 
hoje se foi. 
Mas, então, veio a Lua. 
Deixe que nos banhe.
Se o sol é sinônimo de vida, a lua pertence ao amor.
E eu prefiro mil vezes amor do que vida, 
pois sem amor que vida teria?
Ah! o eterno suspense do amanhã
Suspense pra eles, pra nós não. 
O nosso está garantido
Está seguro dentro daquilo que somos.
Tão certo, 
tão perto, 
tão vivo.

MÁSCARAS

Por Camila Zoellner

Faz Sol lá fora
Mas sinto um calafrio
Não é baixa temperatura
É minha vida que está por um fio

Saio caminhando de casa para tudo esquecer
Pessoas ao meu redor querem me matar
Sinto isso em seus olhos malignos
O tempo todo alguém está a me observar

Trouxe comigo uma faca
Ninguém é o que parece ser
Entro no táxi, quero ir para casa
O motorista me observa sem entender

Entrando em uma rua desconhecida
Percebo logo a sua intenção
Olho seu rosto bondoso, é só uma máscara
Terei que matá-lo primeiro então...

Me pergunto "somos bons ou maus?"
"Qual a essência do ser humano?"
Retiro a faca de sua garganta
O sangue quente é limpo com um pano

Chego em casa, estou exausto
Escondo a faca e vou lavar a mão
Suja com sangue que escorre pela pia
Meu filho está me chamando para ver televisão

TÃO NADA PARA MUITO TUDO

Por Johnny Leal


Ela estará lá para sempre
Dentro das almas vivas
No silêncio redundante

Não importa o que façamos
Jamais nos deixará assim
Completos de vazio a preencher

Hoje Ela faz parte da gente
De nós dois, e apenas dois
Singularidade não haverá
Nunca a deixaremos para trás

Ela, a Incerteza de que somos um
Será aquilo que realmente nos unirá
Numa tentativa quase que eterna
De viver para provar sua inexistência

MAFALDA


DICA DO BRAGILIANO

Em homenagem ao lançamento oficial de "Filhos do Éden: Anjos da Morte"  a editora Verus liberou o PDF com os primeiros capítulos. Quem quiser, basta clicar pra ler.

É de graça ;)

NADA-E-NINGUÉM

Por Walter M. Ziebarth

Sentada sozinha no escuro da rua
não era niguém, não era nada
passava o tempo mirando a lua
pensando no tempo em que era alada

Rugia sozinha querendo batalha
fazendo tormenta em copo d'água
esgueirava por entre o fio da navalha
Por fim, jazia, sangrando em mágoa

Pobre coitada, nada-e-ninguém
esperando a porta abrir-se por lá
rogava praga ser ver a quem
sem ver a porta abrindo-se cá

O cabelo branco que ali não havia
mostrava nada além da mesmice
pra quem antes era má companhia
hoje já não havia quem a visse

E, se a história é triste como parece ser
é porque nada-e-ninguém jamais dera o braço a torcer

SONETO NO PRETÉRITO IMPERFEITO

Por Johnny Leal

Habitava em silêncio
Na pele não mais que suave
Um sentimento de não permitir
Qualquer destinatário de si

Tinha seu nome num patamar
Onde o banal era tudo em ser
Virou sinônimo de beijo e tchau
No telefone gravado o pecado

O coração tinha uma síndrome
Que o impedia de viver em realidade
Deixando o futuro para o mesmo

Hoje ele não é mais quem dizia ser
Tudo muda para um dia poder mudar
Era ele, o verbo intransitivo, amar

terça-feira, 7 de maio de 2013

SÓ PRA ENTRAR NO CLIMA. :)




DESAPEGO

Por Tiago Luis Pereira e Rafael Zimath

Vamos rir das sombras até a luz apagar
Ficar a sós no quarto vendo o teto girar
Deitar em sentidos opostos, somando os erros
Me ajude a ver o que gosto e a livrar-me do desapego

Ela feriu o silêncio, cantou pra ninguém
Por um minuto duvido, se sangra tão bem
Ela me quer pelo que sou e eu só a quero
Me ajude a ter o que gosto e a livrar-me do desapego

Olhava pro alto
Teu mundo parou
E eu só queria fugir

Vamos rir das sombras até a luz apagar
Ficar a sós no quarto vendo o teto girar
Deitar em sentidos opostos, somando os erros
Me ajude a ver o que posso e a livrar-me do desapego

Olhava pro alto
Teu mundo parou
E eu só queria fugir

TUDO NOVO DE NOVO

Por Johnny Leal

Nesta estreita encruzilhada
Os destinos se desconhecem
Não há esquinas a procrastinar
Retas que apenas seguem

Nada seguem, cegas elas
Flores de girassol
Ainda vivas em meia a chuva
De lembranças belas

Maçãs, pensamentos, você
Jamais esquecimentos
Disfarço e olho para baixo
Escolho ir em frente

A viagem é um carrossel
Sorte que há muita bagagem
Norte são seus lábios
Sem descanso eu sigo

Jurar não é necessário
Não são promessas, 
São fatos.
Nós...

DICA DO BRAGILIANO

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Só no Siciliano




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segunda-feira, 6 de maio de 2013

MARIONETES

Por Rafael Zimath

Notas ao vento
Texto em falso
Cabelo pro alto ou lado
O topo fica embaixo

E exala um cheiro
De decomposto
Deixe o almoço fora disso
Já te avisei: subestimei

Isto não é um filme.

Há sempre alguém disposto
A não fazer esforço
E acatar todo gosto
Oferecendo o pescoço
E é tudo tão contagioso

Hora do charme
Ensaiar os passos
O desespero bom já acabou: se curvou.

E já vem o refrão.

Há sempre alguém disposto
A não fazer esforço
E acatar todo gosto
Oferecendo o pescoço
E é tudo tão contagioso

O mundo quer te vender (assine aqui, nem vá olhar)
O surdo quer te comprar (arranje assim que é pra tocar)
Pra uma platéia voraz
Aonde vamos chegar?

Há sempre alguém disposto
A não fazer esforço
E acatar todo gosto
Oferecendo o pescoço
E é tudo tão contagioso



A VALSA ESQUECIDA

Por Camila Zoellner


Quando ela sorria, rugas profundas apareciam em sua face
Era evidente a felicidade que seu rosto esboçava quando me via
Nesse momento esquecia todas as dores, como se alguém as arrancasse
Dores nas quais todos os dias de sua vida ela temia

Seus cabelos brancos feito o inverno traiçoeiro
Fazem-me perceber o quão rápida e frágil a vida é
Seus olhos vagos, presos em outro lugar, como um cativeiro
Ela está distante, morando em um passado qualquer

Algumas memórias distorcidas de um clarão desconhecido
Quase ao fim da valsa de sua vida, sobravam uns pedaços de luz
Mas levava consigo um pedaço de cada coração esculpido
Não reconhecia as pessoas que muito amou um dia, essa era sua cruz

Ao contar-lhe sobre a decisão de ser professora, um certo dia
Sorriu e falou "desde menina você gostava de estudar, não é?"
Meus olhos encheram de lágrimas, mistura de dor e alegria
Lembranças do passado, estudando na mesa e tomando o seu café

Queria poder olhar em seus olhos e dizer que tudo dará certo
Como fazia comigo quando eu ralava os meus joelhos de tanto correr e brincar
Mas eu só posso lhe prometer o meu amor, minhas preces e estar sempre por perto
E por mais doloroso que seja o futuro, sou o seu abrigo e irei te refugiar

O ESCOLHIDO

Por Walter M. Ziebarth


Foi ele que se cansou
De ser apenas só mais um
Que abraça sempre a solidão
Mas sente em seu coração
Que tem muito a oferecer
A quem não aguenta mais sofrer
A dor de sonhar e nunca ter

Foi ele que se escondeu
De tudo, até do amor
Debaixo do seu cobertor
E se diz um sonhador
Mas sonha que tudo acabou
Faz planos mesmo sem querer
Pra ter o que já não quer

ERRANTE SOLIDÃO

Por Johnny Leal


Há tanto que busco unidade em você
Divagando errante ao acaso
Preso na redundância que é viver

De você não tenho pena alguma
O paradoxo salva sua existência
Temos um ao outro numa complexa simplicidade

Se eu conheço você e, assim o karma
Você não é mais aquilo que dizia ser
Pois agora tem a minha companhia

Você não existe por ironia da matéria
Deveria doer muito se pudesse haver
Qualquer sentimento presente nesse vazio

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O livro é de Tiago Morini, dono do Blog Um Livro Qualquer, e da página no Facebook de mesmo nome. Tiago lançou seu livro, Uma Noite e Seis Semanas, recentemente, e foi bem recebido pelos leitores. A premissa do autor é inovadora, deixando as editoras de lado e disponibilizando o download gratuito em seu blog para que o leitor avalie e pague o quanto achar que o autor merece. Vale a pena conferir.


Sinopse:  Leila conheceu Mariane na adolescência numa época difícil, em que a mãe, Clarice, lutava contra a leucemia. Logo se tornaram amigas e, com o convívio, descobriram-se apaixonadas.  Enfrentaram e superaram todos os preconceitos para ficarem juntas, mas ainda que o amor fosse reciprocamente verdadeiro e forte, uma notícia inesperada desarranjou suas vidas, separando-as. De um lado, Leila busca uma explicação crível para um problema inexplicável. Do outro, Mariane, cética quanto à inocência de sua parceira, busca refúgio em um amigo de infância. Entre elas, acontecimentos paralelos se desenrolam em obstáculos que, no fim, convergem em um ponto comum. Embora as protagonistas sejam lésbicas, a trama não é sobre sexualidade ou preconceito. Elas apenas são lésbicas como uma é morena e outra é ruiva.

SEM DESTINO

Por Johnny Leal


Além de tudo aquilo
Que talvez tem sido
Vencido,

Foi um pouco mais de si
Repetição desconstrutiva
Não optativa

Fios de cabelo pontudos
Cravados nas mãos suadas
Iludidas, saliva...

Subindo até o topo
Numa humildade, umidade
Dissonância

Impotência medíocre
Indecisa

Não é mais aceitável
Deixar de ser errante
Sonhos mortais

Morte falsa, inexistente
Outra procrastinação
Vida.

INTRANSLITERÁVEL

Por Johnny Leal


Rabiscos desordenados
dentre as manchas de café
cria-se um ponto de fuga 

renascendo aquela perspectiva

De uma esquina, outra história
- nunca vista antes-
começa a mobiliar
corpos ambulantes

Daqueles bem redundantes
e cheios de pleonasmos,
ambiguidades imortais;
Tal como é a vida em si.

A dor do entendimento
gera crises impiedosas
destruindo a sensibilidade
do não mais aqui: eu-lírico.

Viver a vida. É onde tudo acaba.
Para um novo começo...
que será apenas mais um
fim...

DICA DO BRAGILIANO





VENTO

Por Walter M. Ziebarth


Nos perdemos no caminho
longe de casa, longe de mim 
você é aquela coisa boa 
que eu não quero mais sentir 
Tudo parece meio cinza 
e os dias tão nublados 
pulmão preto de vergonha 
futuro é coisa do passado

Se o vento está ao seu favor
vai trazer de volta o que deixou pra trás

Vou envelhecer até morrer
acho que velho já estou
Deste lado é mais bonito
venha ver o que sobrou
Sempre há alguma coisa
Que não podemos nos lembrar
Mas tudo o que foi de verdade
Nem o tempo pode curar

Quero tudo o que é meu
Não quero nada
Só quero você
Do meu lado para sempre

UM DIA A MAIS

Por Camila Zoellner


Fecho os olhos para não observar o relógio
Tic-tac, tic-tac
Correndo incansavelmente.
As folhas caem, as estações mudam
E eu sempre aqui...
Esperando o amor chegar

Que dia é hoje?
Em que mês estamos?
Joguei no lixo o calendário
Cartas de antigas paixões 
E desliguei o rádio,
Estou cansada de músicas de amor

Acendo um cigarro
Pego um livro para me distrair
Eu estou bem, acredite!
Só não estou feliz...
E é por isso que fecho meu coração
Para não sofrer ao te amar

AH! SE EU PUDESSE

Por Walter M. Ziebarth


Ah! se eu pudesse te dar o mundo,
te dar um beijo por segundo,
um abraço a cada passo,
te desenhar amores num só traço.

Ah! se eu pudesse te levar à Lua,
fazer estátua em memória tua,
trocar guizos por sorrisos,
te fazer rimas no improviso.

"Ah! se eu pudesse", eu sei, não é poder,
assim como a dor nos faz crescer,
mas se caso parar pra pensar
peço que, ao menos, me deixe tentar.

DICA DO BRAGILIANO


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MEU QUERIDO HAPPOO

Por Ricardo Dos Santos

         Meu querido Happoo.

         Você me perguntou uma vez se eu lhe contara tudo o que havia para se saber sobre minhas aventuras. Bem, eu posso honestamente dizer que lhe contei a verdade, mas posso não ter lhe contado toda ela.
         Estou velho agora, Happoo. Não sou mais o elfo que fui um dia. Acho que é hora de você saber o que realmente aconteceu.
         Começou há muito tempo atrás em uma terra muito distante daqui. O tipo de lugar que você não encontra no mundo hoje. Antes da construção da cidade de Olnult, capital de todo o reino, havia uma grande vila no continente gelado. Uma vila onde viviam em paz todas as raças. Homens carpinteiros andando a cavalo, elfos com seus artesanatos baratos e suas ervas malucas, meio-orcs fazendo malabarismo nas ruas e gnomos cantando e se prostituindo - a maioria deles é bixa, querido sobrinho. São muito gente boa, mas bixas. Não posso me esquecer dos anões martelando e fundindo metal para criar armas mortais capazes de arrancar a cabeça de um elefante apenas com um golpe, além de lindas e encantadoras bijuterias. 

         Nessa vila cresceu um menino órfão,  mas não era um menino qualquer. Seu nome era Suhtrak. Alguns diziam que o menino era filho de dragões e, por uma maldição antiga, estava preso a uma forma humana.
         A idade de Suhtrak era desconhecida. Ele foi encontrado ainda criança e continuou nessa fase por muitos anos além do normal. Isso fazia com que os pais das outras crianças tivessem medo dele e não deixassem que seus filhos brincassem com o garoto. Além disso as lendas em torno do menino alimentavam gozações e piadas sobre a sua idade. Existia o boato de que se alguém descobrisse a idade do menino ele mudaria para a forma de dragão e concederia uma recompensa ao descobridor, por tê-lo libertado de sua forma amaldiçoada. Mas isso nunca aconteceu e menino cresceu sozinho enfurnado nas bibliotecas, em meio a pergaminhos, livros, runas e cristais arcanos, se especializando e aprendendo tudo sobre magia.
        Após mais de 200 anos ele chegou a fase adulta, esqueceu as mágoas do passado e se tornou um grande mago. Para simbolizar essa mudança e mostrar que realmente não guardava más recordações do povo da vila ele mudou seu nome e ficou conhecido como Karthus, o Velho. Karthus atuou durante muitos anos ajudando os cidadãos e protegendo a vila de ameaças externas, principalmente do lado de fora da muralha.
        Mas um dia algo terrível aconteceu.
        Um dragão ancião chamado Thuulak veio a vila e a destruiu quase que por completo. Na tentativa de salvar as pessoas, Karthus acabou morrendo. O dragão se transformou em homem e, através de um ritual de necromancia, fundiu seu espírito ao corpo de Karthus e se transformou em uma criatura que devastava tudo por onde passava. A terrível besta assolou todas as terras transformando tudo que era vivo e cheio de cores em um triste deserto repleto de fogo e sofrimento. Homens, elfos, gnomos, anões, meio-orcs e todas as outras raças, inclusive do Forgotten Realms, se tornaram escravos da ira da criatura.
         Em meio a essa desgraça um pequeno grupo formado por druidas, magos e um paladino se reuniu para tentar drenar o poder da fera. Para tal eles reuniram essências das principais raças: um fio de cabelo de um elfo, o sangue derramado de um homem em uma batalha, o dente de um anão quebrado por sacrifício, a unha de um orc arrancada pela justiça e o sorriso de um gnomo que há muito tempo não lembrava o que era felicidade.
         Através desses elementos Malfurion, o mais poderoso mago do grupo, conseguiu criar um artefato poderoso, capaz de absorver muito poder e guardá-lo por muito tempo sem problemas. Esse artefato se chamava Silmir.
         Numa batalha de meses o grupo conseguiu banir o espírito do dragão ancião para outra dimensão e libertar o corpo de Karthus, que, após alguns meses desacordado, conseguiu voltar a vida.
         O poder do dragão foi colocado na Silmir e, para manter o poder selado e sem risco de ser libertado novamente, ela foi quebrada em 20 pedaços, que foram distribuídos a representantes das três raças principais. Três pedaços para os Reis dos Altos Elfos da Luz. Nove para os Homens Mortais, que choraram ao receber os pedaços pois eles representavam seu povo livre. Sete pedaços para os Anões, que os guardaram em seus salões de pedra, nas montanhas. O ultimo pedaço, a parte central da silmir, era também a parte principal, e muitos acreditavam ser a única parte da joia Ela era a unica respondia à chave da Silmir e tinha o poder de localizar os outros fragmentos. Este pedaço ficou com Malfurion, que nunca mais foi visto.
         Após anos de prosperidade e paz os cidadãos da antiga vila se espalharam pelo Continente Verde e o Continente Seco, fundando as principais cidades e vilas que conhecemos hoje. Karthus sentiu medo do que seu poder era capaz, então criou uma torre mágica no Continente Verde, de onde evitava sair para não expor mais ninguém aos riscos de sua magia.
         Foi aí, meu querido Happoo, que eu entrei. Pois um pouco pelo acaso e pelo desejo de um mestre, o destino decidiu que eu deveria fazer parte desse conto. Mas eu não estava sozinho. Tinha comigo companheiros valentes, pontuais, dispostos a ajudar o grupo, sóbrios e, acima de tudo, unidos.
         Nunca me esqueço daquele dia. Uma bela madrugada de sexta para sábado quando eu (seu velho tio Veidth), um simpático e confiante mago meio-elfo, um valente e acordado homem guerreiro, um anão sóbrio e atento, um gnomo bardo (heterossexual) que era pontual e nunca se atrasava para nenhuma reunião e, talvez, um outro gnomo druida muito velhinho que nós conhecemos por aí, nos reunimos para buscar a Silmir. Ah, também tínhamos um outro companheiro, mas eu nunca o vi de verdade. Era uma voz que gritava do céu. As vezes falava comigo coisas do tipo: “rola um d20” ou “tu não conseguiu e os dois guardas tão vindo na tua direção”. Realmente uma figura encantadora mas muito enigmática.
         Tudo começou. Bom, começou como você deve imaginar. Numa toca debaixo da terra vivia um Halfling. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de minhocas e com cheiro de mofo. Era a toca de um Halfling. E isso significa: comida, uma lareira quente e todo o conforto de um lar.